domingo, 10 de junho de 2012

Um domingo qualquer...


Um minuto muda uma vida.
Passei os últimos sete anos escrevendo todos os dias e ainda assim sinto que nunca consigo passar o que realmente quero dizer.
É provável que essa frustração seja o motivo pelo qual não parei.
Pelos amores que não floresceram e pelos corações que nunca estiveram no tom.
Foi uma incessante busca pelos sentimentos alheios.
Entendê-los e fazer com que também entendam o mundo, como eu o vejo.
Vivem dizendo por aí que a vida só começou.
Eu a vejo como uma pequena dose do fim, que nos é dada dia após dia.
Sinto minha inutilidade ao perder a única que sempre viu o mundo pelos meus olhos.
Reparando na existência de uma flor solitária, repousando em uma árvore já velha e cansada.
Única ali e também única em mim.
A visão poética é extremamente rara em dias como os nossos.
Pena que a poesia tenha se tornado vaga e oca. Como eu, antes de te conhecer.
Assim como minhas músicas perderam o efeito. Envelheceu comigo.
Sempre haverá uma história para contar.
Uma história que tem o poder para ser como tiver vontade, pois é imaginada.
Nós podemos tecê-la conforme nossa vontade.
De olhos bem fechados, no tímido instante de um arrepio.
Isso é sobre café, olhares e sorrisos.
Suavemente distribuídos de segunda a sexta.
Iniciados em um domingo qualquer...
reticenciados até quando quiser.    

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